Assédio é demonstração de poder. Um ator de quase 70 anos de idade, que tem a fama de galã e namorador (mesmo que na ficção), e anos de carreira dentro da empresa, tem sim poder pra fazer uma brincadeira de mal tom sem achar que está errado. Mas está. E mesmo que apenas por fora, já percebeu isso e se desculpou.
Mas além dele, todos. Estamos em 2017 e não mais na década de 60. E as mulheres resolveram que não aceitam mais essas brincadeiras sem que dêem risadas lado a lado. Se é piada, vamos todos rir juntos.
O assédio foi denunciado, a mobilização feita. "Mexeu com uma mexeu com todas!", que pra mim poderia e deveria ser "mexeu com uma mexeu com todos!", porque deixar de fora quem não apoia o assédio não é a atitude correta. O movimento deve abarcar o máximo de simpatizantes, porque mudar uma cultura em um país subdesenvolvido e machista é tarefa difícil, então é preciso que se unam forças, femininas e masculinas. Sim. Atacar o assédio por gênero é criar uma nova guerra, e fazer com que a empatia à causa diminua. O tal do "machos entendam..." não soma em nada, pelo contrário, faz com que o olhar que podia estar interessado se desvie, que a importância seja deixada de lado e que o objetivo não seja alcançado.
A verdade é "somos todos contra o assédio", principalmente o sexual, principalmente de homens machistas contra mulheres, mas somos também contra todos os outros assédios. Toda a sociedade precisa didaticamente ensinar, uns aos outros (com respeito), o respeito entre semelhantes.. porque semelhante é exatamente isso que a palavra quer dizer, porque nós somos feitos da mesma matéria, e não há nada que nos diferencie tanto uns dos outros.
Contra fortes e poderosos a saída é a união. Não é hora de negar apoio, não é hora de dizer "macho fica quieto que é nossa hora de falar".. falemos todos juntos, unidos. Aprender para ensinar.
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