23 de janeiro de 2023

[TEXTO] relacionamento do séc.21

Depois de um final de semana gostoso, aniversário de 82 anos do meu pai, seguido de uma noite agradável no trevo de Piratininga e um domingo sozinho na praia cheia de Camboinhas, venho de volta pra Minas e coloco meus pensamentos em dia. Acordei e estava olhando as notícias quando me deparei com uma sobre o novo BBB, falando de relacionamento tóxico. Lembrei então dos relacionamentos das minhas amigas de Niteroi, todas tem algum problema com isso, e todas sofrem com algum tipo de depressão, ansiedade, transtorno etc, doenças do século 21 que atingem mulheres principalmente. É fácil, depois do que vi no final de semana, saber um pedacinho dos motivos disso acontecer, o medo de estar sozinha leva a relacionamentos fúteis, com pessoas sem nenhum propósito em comum, pessoas sem caráter, apenas por conta da casca externa, as vezes beleza, as vezes dinheiro, as vezes tesão, as vezes os três, são carências diversas que precisam ser controladas. Ninguém perde mais meses conhecendo com quem vai se relacionar, é beijo e cama nos primeiros encontros, numa sede danada de resolver alguma coisa que nem se sabe bem o que é. E depois tome choro, tome remédio tarja preta, tome terapia. 

Mulheres ocuparam um novo espaço na sociedade do século 21, conquistaram sua liberdade de transitar na sociedade fora da "segurança do lar familiar", e entraram no mercado de trabalho sem qualquer condições de igualdade salarial, igualdade de respeito e igualdade emocional. O resultado é que essa transição é traumática para quase todas. O homem não foi avisado que tinha que mudar a atitude com as mulheres e continua achando que está no século 19, sem nenhum tipo de empatia e respeito com o sexo oposto. Falo de uma grande parte, não de todos! com isso pais, tios, namorados, ficantes, chefes, colegas de trabalho, desconhecidos e até (pasmem!) amigos, são ameaças no dia-a-dia para mulheres que querem cada vez mais espaço e igualdade. Mas sim, elas tbm não leram direito a bula da mudança e as vezes vão além do 'esticar da mola', sem culpa, mas com consequências. Esse medo e essa incerteza de futuro são ingredientes suficientes para grande parte das patologias emocionais e fisiológicas. 

A cura vem com informação. É o tempo de se conhecer primeiro, e conhecer com quem vai se relacionar. É voltar a namorar antes de 'casar', 'ficar', 'morar junto'. É envolver família, amigos. É parar de querer imitar a fragilidade emocional que é marca do homem, que vive um jogo de quantidade. Porque a mulher tem que querer ser muito melhor que o homem, não tem que querer ser igual.




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